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MS avança na produção de biometano com nova usina

Investimento de 350 milhões de reais impulsiona descarbonização no setor sucroenergético

26/03/2025 às 13h30
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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O Estado de Mato Grosso do Sul está prestes a ganhar sua segunda usina de biometano, combustível produzido a partir de resíduos da indústria de cana-de-açúcar. O Grupo Atvos, que atua na produção de etanol e açúcar em três municípios do estado, receberá nesta quarta-feira (26) a Licença de Instalação para o projeto, durante a Expocanas, em Nova Alvorada do Sul. O empreendimento, orçado em 350 milhões de reais, será construído na unidade Santa Luzia.

O secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), destacou que a iniciativa integra o programa Mato Grosso do Sul Estado Carbono Neutro, focado na descarbonização de frotas e no fomento ao biometano. “No setor sucroenergético, a Adecoagro já segue essa linha, e agora a Atvos avança com sua usina”, afirmou. A licença será entregue pelo governador Eduardo Riedel e pelo secretário ao CEO da Atvos, Bruno Serapião.

Além de substituir o diesel em veículos, o biometano pode ser usado industrialmente no lugar do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) e do óleo combustível, além de alimentar usinas termelétricas. “Esse combustível é crucial para a transição energética, oferecendo uma rota tecnológica para reduzir emissões na frota e na produção de energia”, acrescentou Verruck.

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A nova unidade terá capacidade para produzir 28 milhões de metros cúbicos de biometano, utilizando resíduos como vinhaça e torta de filtro, provenientes do processamento da cana-de-açúcar. Cerca de 50% da produção abastecerá a frota interna da empresa, reduzindo o uso de diesel e a pegada de carbono das operações.

 

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Evento estratégico

Bruno Serapião, CEO da Atvos, ressaltou a importância da Expocanas como palco para debates sobre o futuro da bioenergia. “No ano passado, anunciamos nosso primeiro projeto de biometano aqui. Reafirmamos nosso compromisso com Mato Grosso do Sul, estado-chave para a transição energética no Brasil e no mundo”, declarou.

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A iniciativa reforça o conceito de economia circular e consolida o estado como um polo de inovação em energias renováveis.

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